domingo, 27 de maio de 2007

Sobre Planets e PDA's

Faço parte do Planet MSX, que agora faz parte da minha lista de links aí à direita (por enquanto, pois quero mexer seriamente no layout do site. Sugestões?)

Um dos "fudebas" que está no planet é o Leandro Pereira, e ele comentou sobre o Newton. Vou aproveitar a deixa para falar das minhas experiências com PDA's e assemelhados. Vamos lá, direto para o "Túnel do Tempo"....

1997: Já estava trabalhando há 1 ano e meio. Consegui juntar uma grana e, numa das minhas primeiras visitas ao Shopping Center Norte, compro um Psion Series 5 junto com o jogo Starcraft, que era lançamento na época, distribuido pela Tectoy. Tenho o PDA até hoje, embora a "carenagem" esteja toda zoada. Ele era avançado para a época, suportando cartões Compact Flash, tinha um BASIC embutido e rodava um sistema operacional chamado EPOC, que depois viria a se chamar Symbian OS.

2003/2004: Resolvi que era hora de embarcar no mundo "maravilhoso" dos Palm's, inclusive desenvolvendo aplicativos para ele. Peguei um Palm Zire 21, com impressionantes 8 MB de memória, processador ARM, sem portas para expansão, sem som, somente com dois botões...
Em suma, o Palm mais pelado possível. Nunca imaginei, contudo, que desenvolver para ele fosse tão sacal. Mesmo com o lançamento de uma versão do Eclipse para Palm as coisas ainda não são um mar de rosas.

2005: Queria algo mais, e decidi investir num Palm um pouco mais "parrudo". Comprei o Tungsten E. Fiquei espantado com os recursos dele: tela colorida, tocador de MP3, suporte aos cartões do tipo SD... Coisa fina, mesmo. E nada de desenvolver pro bichinho.

Hoje praticamente não uso nenhum dos meus PDA's. Queria ter tempo para desenvolver para eles. Aliás seria ótimo se fosse fácil desenvolver para eles. Mas não é tão simples. Quem sabe eu volte a ver isso novamente num futuro próximo.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

[1/2 OFF]Ah essa Universidade...

Como vocês sabem (ou não) estou estudando na UFABC, uma universidade inaugurada em 11 de setembro de 2006 (é, a mesma data daquele ataque terrorista, vcs. sabem). Se foi por motivos eleitoreiros que a universidade foi inaugurada no meio do ano, isso eu não sei. Mas o que sei é que ela, para o bem ou para o mal, esta mexendo com a vida de várias pessoas.
Meu objetivo é claro: fazer um mestrado. Já até escolhi a área. Vai ser em "Engenharia da Informação". Ao entrar na escola no curso de graduação, fiz uma estratégia semelhante a um amigo meu, o Carlos. Ficar conhecido e, ao mesmo tempo, conhecer os professores e a escola.
A diferença é que ele estava procurando um doutorado. Acabou encontrando na USP. Mas a escola ajudou, pois alguns professores trabalham (ou já trabalharam) lá.

A idéia da escola, em si, é bem interessante: você faz 1 ano "genérico", com matérias tão "tudo a ver" como Química e Computação. Daí, de acordo com as suas notas (conceitos de A a D), a escola tem um perfil seu e te dá recomendações sobre a melhor "carreira" a seguir. Pode continuar estudando mais 2 anos e ter um diploma de "Bacharel em Ciência e Tecnologia". Ou estudar mais 3 anos e sair como Físico, Matemático, Biólogo, Químico, Cientista da Computação ou ainda uma licenciatura de qualquer uma dessas áreas. Ou ficar 4 anos e virar um Engenheiro.

Mas toda boa idéia esbarra em alguns pormenores. Primeiro a reclamação de alguns empresários da região do ABC, que preferem os cursos de tecnologia, especialmente as FATEC's. Sou formado pela FATEC, então deveria abraçar essa bandeira, ? Errado. A causa dos tais "empresários" (é um só, diga-se) é outra: as FATEC's são do governo do Estado, que é oposição ao governo do Lula. E esses empresários são "padrinhos" dos candidatos de oposição da região. Para vcs. terem uma idéia, tirando Santo André (onde a Universidade está instalada) e Diadema (onde mais um campus da UNIFESP vai ser inaugurado este ano), todos os outros municípios do ABC tem gente ligada à oposição.
Por outro lado, a reclamação deles não é totalmente desprovida de razão. Só estão reclamando com a esfera errada. Perguntem ao Chuchumbo, dono e criador do Grand Canyon Paulista e ao Serrote o que eles fizeram com os cursos de tecnologia das ETE's e das FATEC's. Porque não adianta nada abrir novas escolas na região (entenda-se abrir escolas como pegar escolas estaduais um pouco maiores que o normal e transformá-las, num passe de mágica, em ETE e /ou FATEC) se as escolas não tem infraestrutura nenhuma. Nem professores, que são contratados a toque de caixa.

Segundo, está na "visão" de algumas pessoas da escola, que acham que um curso "trimestral" é a nova onda. Acreditem, eu dei aula em um curso trimestral nesta escola. Eu sei muito bem o que é isso. Sei muito bem como isso não funciona. Nunca funcionou e não vai funcionar. Só deixa todo mundo estressado: os alunos, que tem que correr atrás do prejuízo (e ficam no prejuízo quanto ao conhecimento adquirido); os professores que tem que correr para dar um conteúdo de 6 meses ou até mesmo de 1 ano em apenas 3 meses (que, aqui em Terra Brasilis vira 2 meses fácil, fácil com os feriados...). Só quem não fica estressado é quem está no topo, cobrando de todos resultados, tal qual uma fábrica.

Bom, mesmo com esses pormenores,a escola está andando. Na melhor das hipóteses, muitas coisas vão acontecer para mudar a escola. Espero que, se eu participar da pós-graduação de lá, possa ajudar a fazer a escola ficar ainda melhor. Afinal de contas, boa vontade e disposição dos professores, funcionários e até dos alunos eles têm. Só falta todo mundo por a mão na massa e se conscientizar que tem coisas que deveriam ficar só no papel ou no plano das idéias.

Estou dizendo tudo isso porque terminei o 2o. trimestre, e irei parar o curso para poder me dedicar ao mestrado. O que implica que terei mais tempo para os meus projetos no MSX, como este, do player (estou até sonhando com ele), do tracker, etc.

Está tão perto que até consigo sentir o cheiro... Vamos ver o que acontece a partir de agora.